Cada 31 de outubro, em boa parte das igrejas protestantes é comemorada a Reforma do século XVI. São elaborados discursos elogiando a façanha dos pais reformadores; o sermão será, por milésima vez, sobre a doutrina essencial da justificação pela fé somente, como se ainda ficasse alguma dúvida ao respeito. Os mais inovadores farão um apelo a uma das consignas mais desafiantes da Reforma: “a igreja reformada sempre reformando-se”, ou com um toque de sofisticação: “ Ecclesia reformata semper reformanda ”, assumindo que isto aconteceu nalgum momento, ou que ainda pode acontecer no futuro. A minha percepção é completamente oposta. A igreja reformada não se reforma a si mesma, dentre outras coisas, porque não existe tal igreja reformada, nunca existiu. Existiram muitas igrejas reformadas, cada uma por si, com poucos desejos de aceitar a autoridade ou o magistério alheio. Assim chegamos à posição daqueles teólogos batistas de início do século XX que, num nominalismo exagerado, negaram a exist
Alguém disse certa vez: “a esperança é o que nos move”. Esta afirmação é correta devido a que a esperança contempla uma meta, um objetivo a ser alcançado. Objetivo pelo qual não desistimos e não medimos esforços. Há na Igreja de Cristo muitos que têm colocado suas esperanças em coisas externas ou passageiras, criando uma separação entre a Igreja de Cristo hoje, e a Igreja de Cristo dos primeiros três séculos. De maneira que surge a necessidade de exortar, e meditar sobre a forma em que temos vivido e onde temos colocado a nossa esperança. Para termos um parâmetro correto de onde deve estar a nossa esperança, podemos ver onde estava a esperança de Paulo analisando o que Ele escreveu aos filipenses. Filipenses 3.2-11 – “Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão! Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Bem que eu poderia confiar também