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Mostrando postagens de dezembro, 2020

A irreformabilidade do protestantismo - por Alfonso Ropero

Cada 31 de outubro, em boa parte das igrejas protestantes é comemorada a Reforma do século XVI. São elaborados discursos elogiando a façanha dos pais reformadores; o sermão será, por milésima vez, sobre a doutrina essencial da justificação pela fé somente, como se ainda ficasse alguma dúvida ao respeito. Os mais inovadores farão um apelo a uma das consignas mais desafiantes da Reforma: “a igreja reformada sempre reformando-se”, ou com um toque de sofisticação: “ Ecclesia reformata semper reformanda ”, assumindo que isto aconteceu nalgum momento, ou que ainda pode acontecer no futuro. A minha percepção é completamente oposta. A igreja reformada não se reforma a si mesma, dentre outras coisas, porque não existe tal igreja reformada, nunca existiu. Existiram muitas igrejas reformadas, cada uma por si, com poucos desejos de aceitar a autoridade ou o magistério alheio. Assim chegamos à posição daqueles teólogos batistas de início do século XX que, num nominalismo exagerado, negaram a exist